Descrição
FAULDOXO
®
cloridrato de doxorrubicina
Solução injetável 2 mg/mL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
USO EXCLUSIVO INTRAVENOSO
FORMAS FARMACÊUTICAS E APRESENTAÇÕES
Solução injetável com 10 mg de cloridrato de doxorrubicina em cada frasco-ampola. Embalagem contendo 1 frasco-
ampola com 5 mL cada.
Solução injetável com 50 mg de cloridrato de doxorrubicina em cada frasco-ampola. Embalagem contendo 1 frasco-
ampola de 25 mL cada.
COMPOSIÇÃO
Cada mL de FAULDOXO
®
10 mg contém:
cloridrato de doxorrubicina ....................................................................................................................... 2 mg
veículos q.s.p...........................................................................................................................................1 mL
(cloreto de sódio, ácido clorídrico, hidróxido de sódio e água para injeço)
Cada mL de FAULDOXO® 50 mg contém:
cloridrato de doxorrubicina ....................................................................................................................... 2 mg
veículos q.s.p...........................................................................................................................................1 mL
(cloreto de sódio, ácido clorídrico, hidróxido de sódio e água para injeço)
INFORMAÇES AO PACIENTE
AÇÃO DO MEDICAMENTO
FAULDOXO
®
é um medicamento antineoplásico, cujo princípio ativo é o cloridrato de doxorrubicina, que é um
antibiótico antraciclínico citotóxico, que age impedindo a multiplicaço e as funçes das células tumorais.
INDICAÇES DO MEDICAMENTO
FAULDOXO
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é indicado no tratamento de alguns tipos de cânceres, incluindo de mama, ósseo, do pulmão, da tireoide,
do ovário e leucemia. FAULDOXO
®
também é indicado no tratamento primário do câncer de bexiga por administraço
vesical.
RISCOS DO MEDICAMENTO
Contraindicaçes
FAULDOXO
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é contraindicado em pacientes com histórico de hipersensibilidade à doxorrubicina, outras antraciclinas,
antracenedionas ou a qualquer componente da formulação. Também é contraindicado se você tem problemas
hepáticos graves ou problemas cardíacos, ou se você teve uma alteraço cardíaca recentemente.
Advertências e precauçes
FAULDOXO
®
pode deixar sua urina vermelha por um ou dois dias ap ós o tratamento. Este tipo de medicamento
diminui o número de alguns tipos de células sanguíneas no seu corpo, com isso você pode ter sangramentos ou
infecçes com maior facilidade. É recomendado que você evite o contato com pessoas doentes; lave as mãos
frequentemente; afaste-se de situaçes perigosas em que você pode se machucar, como jogos desportivos e utilizaço
de objetos cortantes; escovar os dentes e usar o fio dental suavemente.
Quimioterapia causa náusea e vômito na maioria dos pacientes, às vezes, mesmo depois de receber medicamentos
para preveni-los. Converse com seu médico sobre outras formas de controlar essas reações adversas.
FAULDOXO
®
só deve ser manipulado e administrado por pessoal treinado no uso de medicamentos antineoplásicos.
Interaçes com outros medicamentos, alimentos e testes laboratoriais
FAULDOXO
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não deve ser administrado simultaneamente a ciclofosfamida, ciclosporina, citarabina, paclitaxel,
fenobarbital, fenitoína, progesterona, verapamil, propranolol, alopurinol, colchicina, probenecida, sulfimpirazona
radioterapia, metotrexato, estreptozicina. O uso concomitante de FAULDOXO
®
com vacinas com vírus vivo pode
potencializar a replicaço do vírus, aumentando as reações adversas à vacina, e/ou pode diminuir a resposta
imunológica à vacina.
Risco de uso por via de administraço não recomendada: este medicamento deve ser administrado somente
pela via recomendada. Não há estudos dos efeitos se administrado pelas vias não recomendadas. Portanto, por
segurança e para eficácia deste medicamento, a administraço deve ser feita apenas por via intravenosa.
Grupos de risco
Gravidez e lactaço: FAULDOXO
®
pode causar dano fetal quando administrado à mãe durante a gravidez ou quando
administrado ao pai quando sua parceira engravidar. Algumas mulheres podem se tornar inférteis com o uso de
FAULDOXO
®
. Se você está planejando engravidar, converse com seu médico antes de iniciar o tratamento com
FAULDOXO
®
. O cloridrato de doxorrubicina é excretado no leite materno, sendo a amamentaço contraindicada.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientaço médica. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Uso em crianças: as doses para adultos podem ser aplicadas às crianças. Recomenda-se o controle periódico da
funço cardíaca em crianças que foram tratadas com cloridrato de doxorrubicina, tendo em vista o risco particular de
desenvolverem cardiotoxicidade.
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Uso em idosos: é recomendado o ajuste de dose em pacientes com mais de 70 anos com risco de mielossupressão
associada à idade.
Uso em pacientes com insuficiência renal: não é necessário ajuste de dose.
Uso em pacientes com insuficiência hepática: recomenda-se uma avaliaço da funço hepática antes da
administraço de cada dose, através de testes laboratoriais convencionais. A dose de FAULDOXO
®
deve ser reduzida.
Uso em pacientes obesos: estes pacientes devem ser cuidadosamente monitorados caso estejam sendo tratados
com a dose máxima recomendada de cloridrato de doxorrubicina.
Não há contraindicaço relativa a faixas etárias.
Informe ao médico ou cirurgião-dentista o aparecimento de reações indesejáveis.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
MODO DE USO
Descriço: FAULDOXO
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é uma soluço límpida, de coloraço vermelha, isenta de partículas visíveis.
Orientaçes gerais: Todos os procedimentos para manuseio, dispensaço e descarte adequado de fármacos e
medicamentos antineoplásicos devem ser considerados. Seu médico irá determinar quanto e quando você receberá a
medicaço. Sua medicaço será dada através de uma cânula que será introduzida através de um cateter em uma de
suas veias, normalmente do braço, pulso ou das mãos e algumas vezes do peito (administraço intravenosa ou infusão
IV). Um enfermeiro ou outro profissional capacitado irá administrar os medicamentos para seu tratamento. Avise
imediatamente se algum destes medicamentos caírem na sua pele ou esp irrar em seus olhos; ou se você sentir dor
quando da punção da agulha na veia.
Esquecimento de dose (dose omitida): este medicamento deve ser dado mediante um esquema regular de
tratamento. Se você perder uma dose, avise seu médico, cuidador ou profissional responsável para receber as devidas
instruçes.
Dosagem: as doses terapêuticas variam conforme o estádio da doença. O limite da dose depende do paciente e do
protocolo utilizado. Converse com seu médico para saber quanto e quando você receberá seu tratamento.
Siga a orientaço de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duraço do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Não use o medicamento com o prazo de validade vencido. Antes de usar observe o aspecto do
medicamento.
REAÇES ADVERSAS
Algumas das reaçes adversas mais comuns são: insuficiência cardíaca congestiva (diminuiço da função do coraço);
arritmias; alopecia (queda de cabelos); náusea; vômito; estomatite; esofagite; diarreia; desidratação; rubor facial;
coloraço avermelhada da urina.
Avise seu médico sobre outros efeitos adversos que você achar que são causados por este medicamento.
SUPERDOSE
Os possíveis sintomas de toxicidade são os indicados no item “Reaçes adversas”. Alguns efeitos tóxicos (por exemplo,
mucosite) ou que coloquem a vida do paciente em perigo (por exemplo, mielodepressão e cardiotoxicidade) podem ser
tardios. Caso ocorra superdose do medicamento, procure auxílio médico imediatamente.
CUIDADOS DE CONSERVAÇO
Este medicamento deve ser conservado em sua embalagem original, sob refrigeraço (entre 2°C e 8°C), protegido da
luz.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
INFORMAÇES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Descrição:
o cloridrato de doxorrubicina é um antibiótico antraciclínico citotóxico, utilizado como agente
antineoplásico, cujo peso molecular é 543,53.
Farmacodinâmica
Seu mecanismo de aço ainda não está bem esclarecido, mas presume-se que esteja relacionado com a sua ligaço ao
DNA e a inibição da síntese do ácido nucléico, ligaço à membrana lipídica celular e interaço com a topoisomerase II
formando complexos de ADN passíveis de clivagem. Estudos efetuados em cultura de células demonstraram uma
rápida penetração na célula e ligaço à cromatina perinucleolar, rápida inibiço da atividade mitótica e da síntese de
ácido nucleico, mutagênese e aberraçes cromossômicas. O cloridrato de doxorrubicina tem efeitos
imunossupressores. Ele inibe a titulação dos anticorpos hemolíticos e hemaglutinantes em rato imunizado com células
vermelhas de carneiro. Uma evidência semelhante no homem indica que o cloridrato de doxorrubicina é um agente
imunossupressor poderoso, mas temporário. Os efeitos citotóxicos do cloridrato de doxorrubicina sobre a medula
óssea parecem estar relacionados com a sua aço sobre as células mieloides em proliferação. A cardiotoxicidade do
cloridrato de doxorrubicina é provavelmente mediada por diversos mecanismos. Apesar do cloridrato de doxorrubicina
inibir a síntese de ADN no músculo cardíaco em modelos animais, é provável que a cardiotoxicidade não esteja
diretamente relacionada à inibiço da réplica do músculo cardíaco. Alguns dados sugerem que isto ocorre devido à
formação de radicais livres que, de algum modo, danificam o músculo cardíaco. Estes dados também sugerem que a
administraço concomitante de vitamina E e outros aceptores de radicais livres pode evitar a cardiotoxicidade, em
modelos experimentais animais, sem diminuir sua eficácia antitumoral. Estes estudos precisam de confirmaço, mas
sugerem que é possível separar os efeitos antitumorais do fármaco dos seus efeitos cardiotóxicos acumulativos. A
especificidade da toxicidade do cloridrato de doxorrubicina parece estar primariamente relacionada à atividade
proliferativa do tecido normal. Deste modo, a medula óssea, o trato gastrintestinal e as gônadas são os princip ais
tecidos atingidos.
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Farmacocinética
A doxorrubicina não é indicada para uso por via oral, tendo em vista que menos de 5% do fármaco é absorvido.
Estudos de farmacocinética indicam um rápido clearance plasmático e ligação tissular após a administraço
intravenosa de doxorrubicina, tanto normal quanto rádio-marcada. Sua porcentagem de ligaço às proteínas
plasmáticas varia de 74% a 76%. O mecanismo e a disposiço do fármaco ainda não estão bem definidos. O fármaco
é predominantemente metabolizado pelo fígado em doxorrubicinol e vários metabólitos aglicônicos. Alguns destes
metabólitos são mais citotóxicos que a doxorrubicina. Altas concentrações destes metabólitos surgem rapidamente no
plasma e passam por uma fase de distribuição com uma meia-vida inicial curta, mas mensurável. O metabolismo pode
ser diminuído em pacientes com alteraço da funço hepática. A biotransformaço da doxorrubicina e de seus
metabólitos segue um padrão farmacocinético trifásico com uma meia-vida de primeira fase de 12 minutos, de
segunda fase de 3,3 horas, e uma de terceira fase prolongada de 29,6 horas. A excreço urinária do cloridrato de
doxorrubicina e de seus metabólitos é prolongada, avaliando-se somente em 5% do fármaco excretado durante os
cinco primeiros dias. Aproximadamente 5% da dose administrada são excretadas na bile, sendo os 30% adicionais
excretados na bile como conjugados. Na presença de insuficiência hepática a excreção é mais lenta e resulta em
retenço e acúmulo no plasma e nos tecidos. A doxorrubicina não atravessa a barreira hematoencefálica.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Leucemia linfoide aguda (LLA): em estudo clínico realizado em adultos com LLA, Aviles et al. (1983) verificaram
que o índice de remissão completa (RC) aumentou de 75% (histórico) para 90% quando a doxorrubicina foi combinada
ao esquema contendo vincristina e prednisona, aumentando também a sobrevida de menos de um ano para uma
média de 31 meses. Ishii et al. (1986) realizaram um estudo com oito pacientes pediátricos com LLA refratária à
terapia de induço inicial, sendo que quatro estavam em remissão contínua de quatro a 24 meses após o tratamento
com citarabina 1 g/m
2
e doxorrubicina 40 a 60 mg /m
2
/dose. A remissão ocorreu após dois ou três ciclos com essa
terapia e depois foi mantida uma terapia mensal com citarabina. Um paciente em recidiva do sistema nervoso central
permaneceu em remissão após dois ciclos com essa terapia. Geralmente, as reações adversas foram leves a
moderadas e toleráveis em todas as crianças. Estes dados sugerem que citarabina e doxorrubicina podem ser eficazes
no tratamento de todos os pacientes refratários a outros regimes.
Leucemia mieloide aguda (LMA): Bern et al. (1987) verificaram que, para a terapia de indução ou reindução da
LMA, a combinaço de etoposídeo, citarabina, doxorrubicina e 6-tioguanina foi efetiva, com remissão completa (RC)
em 85% dos pacientes (29 de 34 pacientes). O índ ice de RC alcançou 94% (17 dos 18 pacientes) no grupo com 50
anos ou menos e 75% (12 dos 16 pacientes) no grupo acima de 50 anos. A taxa de remissão para LMA foi de 86% (19
dos 22 pacientes) e de 83% para LMA secundária ou reincidente (dez dos 12 pacientes). Este regime terapêutico
mostrou-se efetivo para LMA primária ou reincidente.
Peterson et al. (1980) realizaram estudo clínico em adultos com doxorrubicina (30 mg/m
2
), citarabina, 6-tioguanina,
prednisona e vincristina, que resultou em RC de 82% dos pacientes recebendo terapia de induço inicial (18 dos 22
pacientes) e RC de 67% dos pacientes submetidos à reindução (12 dos 18 pacientes). O tempo médio para remissão
foi de 32 dias.
Tumor de Wilms: Breslow et al. (2004) através de uma análise dos pacientes incluídos no terceiro e quarto National
Wilms Tumor Studies (NWTS-3 e 4) evidenciaram que para tumores de Wilms estádio III com histologia favorável, a
inclusão de doxorrubicina ao esquema com dactinomicina e vincristina (n = 130) em comparação com o esquema de
apenas dactinomicina e vincristina (n = 118) apresentou melhora, após oito anos, no intervalo livre de doença de 74%
para 84% e a sobrevida glob al de 83% para 89%, concluindo que apesar das baixas taxas de insuficiência cardíaca
congestiva, a adiço de doxorrubicina ao esquema quimioterápico aumenta a sobrevida.
Neuroblastoma: West et al. (1993) relataram aumento da sobrevida em pacientes pediátricos maiores de 1 ano de
idade com neuroblastoma estágio III sob tratamento intensivo multimodal. Além da cirurg ia e da radioterapia, foi
utilizada quimioterap ia com MADDOC (mecloretamina, doxorrubicina, cisplatina, dacarbazina, vincristina,
ciclofosfamida) ou cisplatina + ciclofosfamida para induço seguida por MADDOC. Uma sobrevida livre de evento de
72% foi obtida após acompanhamento médio de 85 meses.
Sarcomas ósseos: as combinações de tratamento cirúrgico e quimioterápico para sarcoma ósseo permitiram que a
sobrevida de cinco anos aumentasse de 10% para aproximadamente 70% em 30 anos, sendo a doxorrubicina o
fármaco integrante dos esquemas quimioterápicos para esses sarcomas. Em estudo clínico randomizado, controlado
em 407 pacientes com sarcoma ósseo operável, não metastático, comparando a utilização do esquema doxorrubicina
+ cisplatina versus regime multifármacos envolvend o vincristina, metotrexato, ácido folínico, doxorrubicina,
bleomicina, ciclofosfamida e dactinomicina, Souhami et al. (1997) demonstraram a não diferença da sobrevida entre
os tratamentos, tanto em crianças como em adultos. A quimioterapia foi utilizada no pré e no pós-operatório, em
esquemas variados nos dois regimes de tratamento. Em ambos os grupos, as modificaçes de dose foram feitas com
base nas contagens de leucócitos. A sobrevida global foi de 64,9% e de 55,2%; a sobrevida livre de progressão foi de
47,0% e de 43,7%; respectivamente, em três anos e em cinco anos, em ambos os grupos. O esquema com duas
drogas, mais curto, foi mais bem tolerado.
Sarcoma dos tecidos moles: os resultados de um estudo clínico fase II envolvendo 20 pacientes com sarcomas de
tecidos moles metastáticos e/ou avançado, realizado por Palumbo et al. (1998), indicaram que o tratamento com uma
combinação de vincristina, doxorrubicina (adriamicina) e ciclofosfamida (VAC) alternando com ifosfamida e etoposídeo
(IE) produziu um índice de resposta global de 45% (duas completas; sete respostas parciais). Entre os pacientes não
tratados anteriormente (n = 8), este regime quimioterápico alternado alcançou um índice de resposta global de 75%.
A principal toxicidade dose-limitante foi a mielossupressão (leucopenia, neutropenia). O tempo médio de sobrevida foi
de dez meses (intervalo de quatro a 26 meses) em todo o grupo e de 14 meses (intervalo de nove a 26 meses) nos
pacientes responsivos. Em três estudos de avaliaço da doxorrubicina como adjuvante para tratamento do sarcoma de
tecido mole agressivo, Ettinghausen et al. (1986) e Lerner et al. (1987) não observaram diferenças significantes
quanto ao controle da doença local, sobrevida livre de metástase, sobrevida livre da doença ou sobrevida global.
Entretanto, um subgrupo de pacientes com sarcomas de tronco apresentou melhora na sobrevida livre da doença.
Carcinoma de mama: em um estudo randomizado com 1355 mulheres com câncer de mama, Gianni et al. (2005)
avaliaram se a eficácia da doxorrubicina seguida por CMF (ciclofosfamida, metotrexato e fluoruracila) pode melhorar
com a adiço de paclitaxel como adjuvante ou terapia sistêmica primária. O esquema doxorrubicina + paclitaxel
seguido por CMF foi considerado viável, seguro e bem tolerado, sendo que na terapia sistêmica primária permitiu a
realizaço de cirurgia conservadora em grande parte das pacientes (65% versus 34%, p<0,0001).
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Como verificado por Blajman et al. (1999), Colozza et al. (1996), Skeel (1991) e Holleb et al. (1991), os índices de
resposta de 60% a 80% foram alcançados em quimioterapia combinada com ciclofosfamida, metotrexato, fluoruracila
e prednisona (CMFP); fluoruracila, doxorrubicina e ciclofosfamida (FAC); ciclofosfamida, doxorrubicina e prednisona
(CAP), enquanto que o uso de agentes isolados como doxorrubicina, ciclofosfamida ou metotrexato produziram índices
de resposta de 20% a 40%. Bonadonna et al. (1995) concluíram que em mulheres com envolvimento nodal extensivo,
a quimioterapia sequencial com quatro ciclos de doxorrubicina seguida por oito ciclos de CMF (ciclofosfamida,
metotrexato, 5-fluoruracila) foi superior a terapia alternada de dois ciclos de CMF com um ciclo de doxorrubicina,
totalizando 12 ciclos.
Segundo Ferriere et al. (1997), o resultado do tratamento de 326 mulheres com câncer de mama em estágio II
utilizando o esquema AVCF (doxorrubicina, vincristina, 5-fluoruracila e ciclofosfamida) após cirurgia, foi o seguinte:
depois de 15 anos a sobrevida livre da doença foi de 54% e sobrevida global foi de 58%. Em um acompanhamento
médio de 130 meses, mais da metade das pacientes estava viva e livre da doença.
Rahman et al. (1999) analisaram os dados de 1581 pacientes com câncer de mama metastático (CMM) tratados no
“M.D. Anderson Cancer Center – EUA” (entre 1973 e 1982) com quimioterapia contendo doxorrubicina, que revelaram
uma resposta completa de 16,6% e resposta parcial de 48,5%; a média de sobrevida livre de progressão (SLP) e a
média de sobrevida global (SG) foram, respectivamente, de 11,5 e 21,3 meses. Os pacientes que alcançaram resposta
completa tiveram uma média de SLP e SG de 22,2 e 41,8 meses, respectivamente, enquanto os pacientes com
resposta parcial tiveram 14 e 24,6 meses, respectivamente. Os principais esquemas usados foram: 1) FAC
(fluoruracila, doxorrubicina e ciclofosfamida); 2) VAC + 5-fluoruracila e metotrexato; 3) FAI (5-fluoruracila
doxorrubicina e ifosfamida); ou 4) As combinaçes quimioterápicas anteriores com bacilo de Calmette-Guerin,
levamisol, vitamina E ou terapia hormonal.
Em um estudo clínico de Magalhaes-Silverman et al. (1997) observaram 21 pacientes com câncer de mama
metastático usando quimioterapia que foram tratados em dois tempos: quimioterapia em alta dose seguida de
doxorrubicina pós-transplante. O esquema de tratamento foi o seguinte: alta dose de ciclofosfamida seguida por fator
estimulante de colônia de granulócito, coleta de células-tronco, ciclofosfamida, tiotepa e carboplatina (CTCb) com
resgate hematopoiético e três ciclos de doxorrubicina. De todos os pacientes, 16 completaram a terapia planejada,
sendo que a toxicidade gastrintestinal e a febre neutropênica foram as toxicidades comumente observadas nesse
estudo. O índice de resposta global foi de 81%, com 43% de resposta parcial e 38% de resposta completa. A
sobrevida livre de progressão estimada após dois anos para pacientes que alcançaram uma resposta completa era de
58% e a média estimada da sobrevida livre de progressão de 13,4 meses.
Linfoma de Hodgkin: Cabrera et al. (2007) analisaram um estudo realizado no Chile entre 1988 e 2003 com 682
pacientes maiores de 15 anos com diagnóstico de linfoma de Hodgkin. Os pacientes foram submetidos a diferentes
esquemas de tratamento: radioterapia (RT); C-MOPP (ciclofosfamida, vincristina, procarbazina e dacarbazina) + RT;
C-MOPP/ABV (ciclofosfamida, vincristina, procarbazina e dacarbazina/doxorrubicina, bleomicina e vimblastina) + RT;
NOVP (mitoxantrona, vincristina, vimblastina e prednisona) + RT; ABVD (doxorrubicina, bleomicina, vimblastina e
dacarbazina) + RT; C-MOPP + RT + C-MOPP; C-MOPP/ABVD; C-MOPP/ABV e ABVD. O acompanhamento médio foi de
127, 95, 87, 72 e 50 meses para C-MOPP, RT, C-MOPP/ABV, NOVP e ABVD, respectivamente. Os resultados dos
estudos com doxorrubicina (C-MOPP/ABVD, C-MOPP/ABV e ABVD) foram comparáveis e atingiram alto controle do
tumor e sobrevida global tanto nos estágios iniciais quanto nos avançados.
Em um estudo clínico fase III de pacientes com linfoma de Hodgkin estágio IA a IIA, Press et al. (2001) verificaram
que o intervalo livre de doença (ILD) e a resposta global melhoraram significativamente com a inclusão de três ciclos
de doxorrubicina e vimblastina à terapia com irradiação de linfoide subtotal (ILS). Após um seguimento médio de três
anos, o ILD para o grupo de quimioterapia + ILS foi de 94% comparado a 81% do grupo com somente ILS (p<0,001).
No grupo de quimioterapia + ILS, 80 dos 147 pacientes alcançaram uma resposta, enquanto que no grupo com
somente ILS, 69 de 148 alcançaram (p = 0,004) resposta. O estudo foi fechado após uma análise interina planejada
ter demonstrado que a ILD foi significantemente superior no grupo de pacientes que utilizaram quimioterapia + ILS.
Canellos et al. (1992) realizaram estudo randomizado, comparando a efetividade do esquema MOPP (mecloretamina,
vincristina, procarbazina e prednisona) que foi o tratamento padrão por mais de 20 anos, com os esquemas ABVD
(doxorrubicina, bleomicina, vimblastina e dacarbazina) e MOPP alternado com ABVD. Foram avaliados 361 pacientes
com estadiamento IIA a IV. Os esquemas que continham ABVD foram superiores ao MOPP isolado em termos de
sobrevida livre de recorrência (50% versus 36%, em um acompanhamento médio de 14 anos) e o esquema de ABVD
isolado foi menos tóxico em comparaço aos outros esquemas.
Linfoma não-Hodgkin: um novo regime de quimioterapia, em estudo realizado por Cartron et al. (2001) com 77
pacientes com mais de 60 anos com linfoma não-Hodgkin agressivo, obteve índices de respostas global e completa de
66% e 52%, respectivamente. O regime utilizado foi três semanas de VAD (vincristina, doxorrubicina e
dexametasona) e de CHEP (ciclofosfamida, doxorrubicina, etoposídeo e prednisona) alternados, sendo realizad os
quatro ciclos cada. Dois terços dos pacientes receberam oitos ciclos de quimioterapia planejados com uma média de
intensidade relativa de dose de doxorrubicina de 84%. Ap ós três anos, a sobrevida livre de evento e a sobrevida global
foram de, respectivamente, 33% e 43,5%.
Linch et al. (2000), analisando posteriormente o subgrupo de um estudo clínico randomizado com 459 pacientes,
verificaram um benefício de sobrevida utilizando PACEBOM (prednisolona, doxorrubicina, ciclofosfamida, etoposídeo,
bleomicina, vincristina e metotrexato) em comparaço ao esquema CHOP (ciclofosfamida, doxorrubicina, vincristina e
prednisolona) para o estágio IV da doença e para os pacientes com menos de 50 anos de idade. Os índices de
remissão completa (64% versus 57%), e oito anos de sobrevida global (51% versus 41%) e de sobrevida de causa
específica (59% versus 49%) foram estatisticamente equivalentes nos braços PACEBOM e CHOP, respectivamente.
Entre os pacientes com menos de 50 anos, após oito anos, os índices de sobrevida de causa específica foram de 78%
e 55% para PACEBOM e CHOP, respectivamente (p = 0,0036). Os números corresp ondentes para o estágio IV da
doença foram de 51% e 30%, respectivamente (p = 0,02).
Segundo Klimo e Connors (1985), o regime MACOP-B (metotrexato, ácido folínico, doxorrubicina, ciclofosfamida,
vincristina, bleomicina, prednisona e trimetropima-sulfametoxazol) produziu resposta completa em 51 dos 61
pacientes (84%) e resposta parcial em dez pacientes (16%) com linfoma difuso de grandes células avançado. Após um
seguimento médio de 23 meses, a sobrevida global foi de 76%, com uma sobrevida livre de recidiva de 90% naqueles
com resposta comp leta. Em 1987, estes mesmos pesquisadores observaram que 105 dos 125 pacientes com linfoma
não-Hodgkin difuso de grandes células, em estágio avançado, que utilizaram o regime MACOP-B reportaram respostas
completas.
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Carcinoma broncogênico (pulmão): The Lung Cancer Study Group (1988) realizou um estudo com 172 pacientes
com câncer pulmonar de células não pequenas (CPCNP) incompletamente ressecadas, randomizados para receber ou
radioterapia pós-operatória exclusiva (RE) ou radioterapia pós-operatória mais quimioterapia com esquema CAP
(ciclofosfamida, doxorrubicina e cisplatina) por seis meses. Análise média de 3,7 anos mostrou que o grupo que usou
quimioterapia apresentou intervalo livre de doença (ILD) significativamente maior (p = 0,004). Essa diferença foi
devido ao grupo de pacientes com tumores não escamosos (p = 0,01), enquanto no grupo de tumores escamosos
apresentou uma tendência, mas não foi significativo (p = 0,08). Houve uma diferença de 14% na taxa de sobrevida a
favor do grupo que recebeu quimioterapia após um ano da randomização, assim como uma diminuiço significativa
nas metástases à distância. A sobrevida média para os grupos foi de aproximadamente 17 meses, sendo que 35%
estavam vivos após a ressecço.
Câncer de pequenas células de pulmão avançado (CPCPA): Tabata et al. (2007) realizaram estudo para verificar
a eficácia e a segurança da cisplatina (P) e irinotecano (I) (PI) alternando com doxorrubicina (A), ciclofosfamida (C) e
etoposídio (E) (ACE) em pacientes com câncer de pequenas células de pulmão avançado ( CPCPA). Os pacientes não
previamente tratados com ED-SCLC foram selecionados e receberam no primeiro, terceiro e quinto ciclos, PI (P: 60
mg/m
2
no dia 1; I: 60 mg/m
2
/d nos dias 1, 8 e 15) enquanto que ACE (A: 50 mg/m
2
no dia 1; C: 750 mg/m
2
no dia 1;
E: 80 mg/m
2
/d nos dias 1 a 3) foi dado no segundo, quarto e sexto ciclos. Os ciclos foram repetidos a cada quatro
semanas. No final dos seis ciclos, os pacientes que obtiveram resposta completa receberam irradiação craniana. Num
total de 28 pacientes, 27 foram avaliados quanto à eficácia e segurança, as respostas incluindo quatro comp letas
(15%) foram observadas em 25 pacientes (93%). A sobrevida média foi de 12,9 meses. A principal toxicidade foi
mielossupressão; neutropenia grau 4 e trombocitopenia foram observadas em 89% e 4%, respectivamente.
Neutropenia febril ocorreu em 30% dos pacientes, diarreia foi severa (grau 3 ou 4; 4%). Todas as toxicidades foram
reversíveis e não houve ocorrência de óbito relacionado ao tratamento. A porcentagem média das doses dadas,
relativas às doses projetadas de PI e ACE foram 84,6% e 91%, respectivamente. Os resultados indicaram que o
regime PI-ACE apresentou atividade promissora contra o ED-SCLC apresentando toxicidades moderadas.
Em um estudo com 81 pacientes utilizando terapia de combinaço para o tratamento de CPCPA, Abratt et al. (1995)
observaram que o esquema AVE (doxorrubicina, vincristina e etoposídeo) foi mais efetivo quando comparado ao
esquema CAV (ciclofosfamida, doxorrubicina e vincristina). Os resultados foram: respostas globais de 74% versus
61% e respostas completas de 51% versus 32%, respectivamente. A média de sobrevida foi de 14,5 meses para o
regime AVE e de 12 meses para o regime CAV. A toxicidade também foi menor nos pacientes tratados com o regime
AVE.
Carcinoma de tireoide: Matuszczyk et al. (2008) avaliaram 22 pacientes com carcinoma do epitélio folicular da
tireoide ou medulares, metastáticos e progressivos que foram tratados com doxorrubicina. O tratamento consistiu de
doxorrubicina 15 mg/m
2
, oito ciclos semanais ou 60 mg/m
2
, três ciclos a cada três semanas, repetidos uma vez,
dependendo da resposta e das reaçes adversas. Nos pacientes com carcinoma papilífero ou folicular da tireoide, 5%
tiveram regressão parcial após seis meses, 42% tiveram doença estável na média por sete meses, e 53% tiveram
progressão contínua em cinco meses. No grupo do carcinoma de tireoide medular, 11% tiveram regressão parcial por
seis meses, seguido por doença estável por três meses. A doxorrubicina pode ser uma opço quimioterápica válida,
especialmente para carcinoma avançado ou metastático do epitélio folicular da tireoide.
Hepatomas: conforme análise de Pritchard et al. (2000) em um estudo internacional com 154 crianças com
hepatoblastoma não tratado previamente, a quimioterapia pré-operatória com cisplatina e doxorrubicina seguida por
ressecço cirúrgica foi associada a cinco anos de sobrevida livre de evento e de sobrevida global (66% e 75%,
respectivamente). Das 154 crianças, 82% responderam parcialmente à quimioterapia pré-operatória, sendo que o
índice de ressecço completa com hepatectomias parciais e hepatectomias totais/transplante de fígado foi de 77%.
Carcinoma de ovário: Hainsworth et al. (1988) realizaram o estudo com ciclo de seis meses do regime H-CAP
(hexametilmelamina, ciclofosfamida, cisplatina e doxorrubicina), obtendo uma resposta objetiva em 53 dos 55
pacientes (96%) com câncer de ovário avançado. A média de sobrevida foi de 45 meses, com dez pacientes (18%)
permanecendo livres de recidiva de 83 a 108 meses após o início da terapia.
Tratamento primário do carcinoma não metastático de bexiga (Tis, T1, T2) por administraço vesical:
Prieto et al. (2002) realizaram estudo prospectivo em 21 pacientes, com idade média de 62 anos com diagnóstico de
câncer vesical superficial tratado inicialmente com RTU (ressecço trans-uretral) que tiveram recidiva após seu
tratamento primário (67%), ou que tiveram displasia urotelial ou carcinoma in situ (33%). Os tumores vesicais
superficiais se caracterizam por uma taxa de recidiva, ocorrendo especialmente dentro dos primeiros anos, sendo um
dos maiores dos grupos de alto risco. Há consenso na utilidade do uso de BCG (vacina com Bacillus Calmette-Guerin)
para diminuir a recorrência tumoral, porém, está associada a outros efeitos adversos significativos. A quimioterapia
intravesical com doxorrubicina demonstrou utilidade na diminuição da recorrência, com mínimos efeitos adversos. A
quimioterapia intravesical com doxorrubicina 50 mg/50mL/mês foi utilizada durante 12 meses. Os tumores ressecados
foram inicialmente classificados segundo estádio tumoral (Jewett) como A (57%) e desde 1997, foram reclassificados
segundo UICC como TI (9%) e TIb (33%). O grau tumoral era bem diferenciado (57%), moderadamente diferenciado
(5%). Foi observada recorrência em dois casos (9,5%), todos dentro do primeiro ano (x= 6 meses) e uma taxa livre
de tratamento foi bem tolerada e os efeitos adversos do tratamento foram mínimos. Somente um paciente necessitou
reduço da dose do quimioterápico devido a uma cistite aguda severa. A terapia intravesical com doxorrubicina é
efetiva na diminuiço a longo prazo da recidiva tumoral em pacientes com tumores de alto risco de recorrência, com
incidência de mínimos efeitos adversos, representando uma alternativa de tratamento para pacientes com intolerância
à BCG intravesical.
INDICAÇES
FAULDOXO
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é indicado na regressão de diversas condiçes neoplásicas, tais como leucemia aguda, tumor de Wilms,
neuroblastoma, sarcomas ósseos e dos tecidos moles, carcinoma de mama, linfomas (tipo Hodgkin e não-Hodgkin),
carcinoma broncogênico (pulmão), carcinoma de tireoide, hepatomas e carcinoma de ovário.
FAULDOXO
®
também é indicado no tratamento primário do carcinoma não metastático de bexiga (Tis, T1, T2) por
administraço vesical.
CONTRAINDICAÇES
O cloridrato de doxorrubicina é contraindicado em pacientes com histórico de hipersensibilidade à doxorrubicina,
outras antraciclinas, antracenedionas ou a qualquer componente da formulaço.
- 6 -
As contraindicaçes para uso intravenoso são: em pacientes que evidenciaram mielossupressão ou estomatite severa
induzidas por um tratamento prévio com outro agente quimioterápico ou por radioterapia; em pacientes com
insuficiência cardíaca grave. O cloridrato de doxorrubicina não deve ser administrado em pacientes com arritmias
severas, insuficiência cardíaca grave ou infarto do miocárdio; em pacientes que receberam doses completas e
cumulativas de doxorrubicina, daunorrubicina e epiribicina, e/ou outras antraciclinas ou antracenedionas; em
pacientes grávidas ou que estejam amamentando; em pacientes com disfunço hepática, insuficiência hepática aguda;
na presença de infecço generalizada.
O uso intravesicular é contraindicado nos seguintes casos: tumores invasivos que tenham penetrado a parede da
bexiga; infecções urinárias; inflamação na bexiga; cateterizaço da bexiga (devido a tumores intravesical massivos);
hematúria.
MODO DE USAR E CUIDADOS DE CONSERVAÇO DEPOIS DE ABERTO
Atenço:
FAULDOXO
®
não deve ser administrado por via intramuscular, intratecal ou subcutânea. A
administraço por estas vias pode causar necrose tissular severa.
A possibilidade de ocorrer infiltraço perivenosa será reduzida se houver cuidado especial na administraço do
cloridrato de doxorrubicina. Também diminuirão as probabilidades de reaçes locais, tais como urticária e estrias
eritematosas. O surgimento de estrias eritematosas ao longo da veia, assim como rubor facial, pode ser indicativo de
uma administraço muito rápida. Sensação de queimaço e agulhadas podem ser indicativas de infiltração perivenal.
Neste caso, a infusão deve ser imediatamente interrompida e reiniciada em outra veia.
Todos os procedimentos para manuseio, dispensação e descarte adequado de fármacos e medicamentos
antineoplásicos devem ser considerados:
Todo o procedimento de manuseio e dispensaço devem ser realizados por pessoal altamente treinado.
Qualquer manipulaço deve ser realizada em capela de fluxo laminar, mediante material de proteção adequado como
luvas, máscaras e vestimenta apropriada.
Evitar contato acidental da preparaço citotóxica com os olhos, pele ou mucosa.
No caso de contato acidental com a pele ou olhos, as áreas afetadas devem ser imediatamente lavadas com grande
quantidade de água ou soluço salina isotônica. Se os olhos forem afetados, deve-se consultar um médico.
Qualquer preparaço citotóxica não deve ser manipulada por funcionárias que possam estar grávidas.
Todos os dispositivos utilizados na reconstituição (seringas, agulhas, etc.) devem ser adequada e cuidadosamente
descartados.
Em caso de derramamento acidental, o acesso ao local deve ser restrito. O líquido derramado deve ser absorvido
mediante toalhas absorventes próprias e a área contaminada limpa com água, sabão e desinfetante adequado. O
material utilizado deve ser descartado em contêineres e/ou sacos plásticos duplos, próprios para o descarte. O rótulo
deve conter os seguintes dizeres: LIXO TÓXICO PARA INCINERAÇO. A incineraço deve ser a 1100°C, no mínimo por
1 segundo.
Preparação para administraço: como regra geral, antes de sua administraço, as medicaçes para uso parenteral
devem ser inspecionadas visualmente quanto à presença de partículas em suspensão e quanto à descoloraço, sempre
que a soluço e o recipiente permitirem. Podem ser utilizadas seringas com ajuste “Luer-Lock” e de diâmetro interno
largo, a fim de minimizar a pressão e a eventual formação de aerossol. A formaço de aerossol pode ser diminuída
pela utilizaço de agulha com respiro durante a preparaço.
Estabilidade e condiçes de armazenamento: FAULDOXO
®
após diluição em solução fisiológica 0,9% ou em
soluço glicosada 5% mantém sua estabilidade química por até sete dias, q uando conservado sob refrigeraço (entre
2°C e 8°C) e protegido da luz.
POSOLOGIA
Quando o cloridrato de doxorrubicina for utilizado como agente único, o esquema posológico recomendado é de 60-75
mg/m
2
de superfície corporal, como injeço intravenosa única, em intervalos de 21 dias. A dose mais baixa destina-se
a pacientes com reserva insuficiente de medula devido à idade avançada, terapia anterior ou infiltraço neoplásica da
medula. Para pacientes no qual o cloridrato de doxorrubicina faz parte de uma terapia combinada, recomenda-se um
esquema posológico de 25-50 mg/m
2
administrado em três dias consecutivos, com repetiço a cada três ou quatro
semanas. O esquema posológico é o mesmo, tanto para adultos quanto para crianças.
A dose limitante acumulativa via intravenosa, independente do plano de dosagem, é de 550 mg/m
2
.
Em uma tentativa de provocar uma intensa atividade local e reduzir a toxicidade sistêmica, o cloridrato de
doxorrubicina tem sido administrado por infusão intra-arterial de um a três dias em doses de 45-100 mg/m
2
. A
administraço por via intra-arterial só deve ser realizada por profissional com experiência neste tipo de administraço.
No caso de insuficiência hepática, a dose de cloridrato de doxorrubicina deve ser reduzida de acordo com o seguinte
esquema:
Bilirrubina sérica Retenção de BSP Dose recomendada
20-50 mmol/L 9-15% ½ da dose normal
Acima de 50 mmol/L Acima de 15% ¼ da dose normal
No caso de administração intravesical, recomenda-se dissolver 80 mg de cloridrato de doxorrubicina em 100 mL de
solução fisiológica 0,9% (volume final de 100 mL) e instilá-la através do cateter para a bexiga.
Foi demonstrada que a administraço de uma dose única a cada três semanas reduz muito o efeito tóxico
desagradável representado pelas mucosites. Por outro lado, dividindo a dose em três dias sucessivos (20-25 mg/m
2
em cada dia), consegue-se eficácia maior mesmo às custas de toxicidade mais elevada. A dose deve ser reduzida em
pacientes que tenham sido tratados anteriormente com outros citotóxicos e em pacientes idosos. As regiões
periuretrais devem ser completamente lavadas tanto durante a instilaço como imediatamente após a eliminaço da
soluço pela bexiga.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇES
Cuidados de administração
FAULDOXO
®
não deve ser administrado por via intramuscular, intratecal ou subcutânea. A possibilidade de
ocorrer infiltraço perivenosa será reduzida se houver um cuidado especial na administraço do cloridrato de
doxorrubicina. Também diminuirão as probabilidades de reaçes locais, tais como urticária e estrias eritematosas.
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O surgimento de estrias eritematosas ao longo da veia, assim como rubor facial, pode ser indicativo de uma
administraço muito rápida. Sensação de queimaço ou agulhadas podem ser indicativos de infiltraço perivenal.
Neste caso, a infusão deve ser imediatamente interrompida e reiniciada em outra veia. Recomenda-se que o cloridrato
de doxorrubicina seja administrado lentamente em infusão intravenosa de escoamento livre, contendo soluço
fisiológica a 0,9% ou soluço glicosada a 5%. O tubo deve ser acoplado a um escalpe para acesso venoso tipo
“butterfly” introduzido em uma veia central de grosso calibre. A velocidade de administraço varia de acordo com
tamanho da veia e a dose. Entretanto, a dose não deve ser administrada em um intervalo de tempo inferior a três a
cinco minutos.
No caso de administraço intravesical, recomenda-se o seguinte procedimento: cateterizar e esvaziar a bexiga.
Dissolver 80 mg de cloridrato de doxorrubicina em 100 mL de solução fisiológica 0,9% (volume final de 100 mL) e
instilá-la através do cateter para a bexiga. Remover o cateter e manter o paciente de lado. De 15 em 15 minutos o
paciente deverá virar-se para o lado oposto, durante uma hora. Orientar o paciente que ele não urine durante uma
hora. Após este período a bexiga deve ser esvaziada. Repetir o procedimento em intervalos mensais. Os pais ou
responsáveis de pacientes pediátricos devem ser advertidos no sentido de prevenir o contato com a urina ou outro
fluido corporal, utilizando luvas, por pelo menos cinco dias após cada tratamento.
Incompatibilidades: o cloridrato de doxorrubicina não deve ser misturado com heparina, dexametasona, fluoruracila,
hidrocortisona, succinato de sódio, aminofilina, diazepam, furosemida ou cefalotina, tendo em vista que estes
fármacos são incompatíveis, podendo ocorrer a formaço de precipitado. A soluço de cloridrato de doxorrubicina pode
escurecer de vermelho a púrpura se misturada com fluoruracila ou aminofilina. O cloridrato de doxorrubicina parece
também ser incompatível com o alopurinol, cefeprima e ganciclovir.
Até que existam dados de compatibilidade específicos, recomenda-se que o cloridrato de doxorrubicina
não seja misturado a outros fármacos.
Deve-se evitar o contato com soluçes alcalinas, uma vez que isso pode causar a hidrólise da doxorrubicina.
Cardiotoxicidade: recomenda-se especial atenço à cardiotoxicidade induzida pelo cloridrato de doxorrubicina.
Embora raro, houve ocorrência de insuficiência ventricular esquerda aguda, particularmente em pacientes que
receberam doses acima da dose máxima recomendada de 550 mg/m
2
de superfície corporal. Em pacientes que
tiveram irradiaço do mediastino, doses altas e concomitantes de ciclofosfamida ou cardiomegalia hipertensiva,
recomenda-se que a dose acumulativa total, durante toda a vida da doxorrubicina (incluindo fármacos relacionados,
tais como daunorrubicina), não exceda 400 mg/m
2
. Insuficiência cardíaca congestiva e/ou cardiomiopatia, geralmente,
ocorrem num período de dois meses após o término do tratamento, mas podem ocorrer vários meses após o término
do tratamento com o cloridrato de doxorrubicina. O choque cardiomiopático tardio foi fatal, em cerca de 60% dos
pacientes que desenvolvem esta doença. É mais provável a ocorrência em crianças, idosos, pacientes previamente
tratados com radioterapia para o peito, e naqueles pacientes q ue receberam doses únicas altas e não frequentes. O
choque cardiomiopático tardio parece surg ir em resposta às situaçes de estresse (tais como cirurgia, gestaço),
exercício (levantamento de p eso, por exemplo) e infecção viral aguda. A insuficiência cardíaca muitas vezes não reage
favoravelmente aos medicamentos ou à terapia física para suporte cardíaco. Um diagnóstico precoce parece ser
essencial para um tratamento bem sucedido com digitálicos, diuréticos, dietas hipossódicas e repouso. Toxicidade
aguda severa pode ocorrer repentinamente, sem alteraçes prévias do ECG. Recomenda-se a verificaço do ECG antes
do início, durante e imediatamente após a administraço do fármaco. Alteraçes transitórias no ECG, tais como
aplanamento das ondas, depressão S-T e arritmias são consideradas indicaçes para a susp ensão do tratamento com
o cloridrato de doxorrubicina. A reduço persistente da voltagem da onda QRS é atualmente considerada um pré-
indicativo de cardiotoxicidade. Caso isto ocorra, deve ser avaliado se o benefício da continuidade do tratamento se
sobrepõe ao risco de provocar dano cardíaco irreversível. A determinação da fraço de ejeço ventricular esquerda
usando ecocardiografia ou angiografia (MUGA) é mais sensível e específica do que o ECG na avaliação e
monitoramento da função cardíaca. A biópsia endomiocárdica é considerada o teste mais efetivo na detecço da
cardiopatia ind uzida por antraciclinas, porém, é um procedimento invasivo. Os testes de monitoramento da função
cardíaca devem ser empreg ados de acordo com a seguinte ordem: ECG, determinaço da fraço de ejeço ventricular
esquerda e endomiocárdica. Se o teste indicar a possibilidade de cardiotoxicidade, deve ser avaliado se o benefício da
continuidade do tratamento se sobrepõe ao risco de provocar dano cardíaco irreversível. A funço cardíaca deve ser
rotineiramente avaliada antes do tratamento com o cloridrato de doxorrubicina, e monitorada period icamente durante
o tratamento, a fim de reduzir o risco de desenvolvimento de disfunço cardíaca severa. Uma vez que a disfunço
pode ser mascarada por uma hipertrofia compensatória, pacientes que apresentaram resultados anormais prévios,
devem ser considerados pacientes de risco. A função ventricular esquerda deve ser avaliada após cada dose de
cloridrato de doxorrubicina que exceda a dose cumulativa de antraciclina de 450 mg/m
2
. O monitoramento da função
cardíaca é particularmente importante na presença de qualquer fator de risco adicional, tendo em vista que a
toxicidade pode ocorrer em doses pequenas nestes pacientes. Fatores de risco adicional incluem histórico de doença
cardiovascular, disfunço cardíaca, terapia prévia ou concomitante com fármacos cardiotóxicos (tais como
antraciclinas, antracenedionas, ciclofosfamida, 5-fluoruracila), radioterapia prévia do mediastino, idades extremas,
doença hepática, hipertermia coporal total, e no gênero feminino (principalmente em crianças). Irradiaço para o
braço esquerdo parece ser um fator importante de risco de cardiotoxicidade. Tendo em vista que a cardiotoxicidade
induzida pelas antraciclinas pode desenvolver-se após o término do tratamento com o fármaco, o monitoramento
periódico da funço cardíaca, com avaliaço da fraço de ejeço ventricular esquerda, deve ser contínuo, durante toda
a vida do paciente. Pacientes com histórico de doença cardiovascular somente devem ser tratados com o cloridrato de
doxorrubicina se o benefício se sobrepuser ao risco para o paciente.
Crianças: a cardiomiopatia induzida pela doxorrubicina prejudica o crescimento do miocárdio. Portanto, pacientes
pediátricos correm o risco de desenvolver cardiotoxicidade e, possivelmente, insuficiência cardíaca congestiva durante
a idade adulta. Recomenda-se um controle periódico nas crianças que foram tratadas com cloridrato de doxorrubicina.
Idosos: apesar de não terem sido conduzidos estudos apropriados nesta populaço, a toxicidade cardíaca pode ser
mais frequente em pacientes com 70 anos ou mais. Recomenda-se cautela quanto ao uso em pacientes com reservas
inadequadas de medula óssea devido à idade avançada.
Mielodepressão: verifica-se uma alta incidência de depressão da medula óssea, principalmente de leucócitos,
requerendo monitoraço da funço hematológica. Com o esquema posológico recomendado, a leucopenia é
geralmente transitória, alcançando o seu nadir em dez a 14 dias após o tratamento, com recuperaço ocorrendo,
geralmente, por volta do 21° dia. São esperadas contagens de leucócitos da ordem de 1000/mm
3
durante o
tratamento com doses recomendadas de cloridrato de doxorrubicina. Também devem ser realizadas contagens de
leucócitos e plaquetas, uma vez que pode haver depressão destas células. A hematoxicidade pode requerer reduço da
dose, suspensão ou postergaço do tratamento com o cloridrato de doxorrubicina.
- 8 -
Imunossupressão: o cloridrato de doxorrubicina é um agente imunossupressor poderoso, mas temporário. Devem
ser tomadas medidas apropriadas para evitar infecção secundária. Antes do início do tratamento com o fármaco,
devem-se avaliar os riscos e benefícios para o paciente devido aos efeitos imunossupressivos. O cloridrato de
doxorrubicina deve ser administrado com cautela em pacientes com herpes zoster ou varicela (incluindo exposição
recente), tendo em vista o risco de desenvolvimento de infecço severa generalizada. A imunização de pacientes em
tratamento com cloridrato de doxorrubicina deve ser feita com muita cautela, após avaliaço cuidadosa do quadro
hematológico do paciente, uma vez que o fármaco pode inibir os mecanismos naturais de defesa. O uso concomitante
de cloridrato de doxorrubicina com vacinas com vírus vivo pode potencializar a replicaço do vírus, aumentando as
reaçes adversas à vacina, e/ou diminuir a resposta imunológica à vacina. O cloridrato de doxorrubicina pode também
diminuir a resposta imunológica às vacinas com vírus morto. O intervalo entre a descontinuaço do tratamento e a
restauraço da resposta imunológica do paciente depende de muitos fatores. As estimativas variam de três meses a
um ano. Pacientes com leucemia em reduço não devem receber vacinas com vírus vivo até três meses após o
término do último tratamento quimioterápico. Pessoas que estejam em contato com pacientes em tratamento com o
cloridrato de doxorrubicina, especialmente membros da família, devem postergar a imunização com vacinas pólio oral.
Mielossupressão grave: uma mielossupressão grave e persistente pode resultar em superinfecço ou hemorragia.
Cavidade oral: o efeito depressivo da medula óssea pode ocasionar um aumento na incidência de infecçes
microbiológicas, cicatrizaço demorada e sangramento das gengivas. Os pacientes devem ser instruídos a uma higiene
oral adequada durante o tratamento, incluindo o cuidado quanto ao uso de creme dental, fio dental e palitos de dente.
O tratamento dentário, sempre que possível, deve ser concluído antes do início do tratamento com o fármaco, ou
postergado até que a contagem das células sanguíneas retorne ao normal.
Gastrintestinal: o cloridrato de doxorrubicina é emetogênico. A mucosite/estomatite, geralmente, aparece no início
do tratamento e no caso de agravamento poderá progredir para úlceras de mucosa em poucos dias. A maioria dos
pacientes recupera-se deste evento adverso até terceira semana de terapia.
Toxicidade aumentada: foi relatado que o cloridrato de doxorrubicina pode intensificar a gravidade da toxicidade das
terapias anticancerosas, tais como a cistite hemorrágica provocada pela ciclofosfamida, mucosite, cardiotoxicidade e
depressão da medula óssea induzidas pela radioterapia e a hepatotoxicidade da 6-mercaptopurina.
Funço hepática: a principal via de eliminaço da doxorrubicina é o sistema hepatobiliar. A b ilirrubina sérica total
deve ser avaliada antes e durante o tratamento. Pacientes com bilirrubina elevada podem apresentar clearance mais
lento do fármaco, com um aumento da toxicidade geral. Doses menores são recomendadas a esses pacientes (vide
"Posologia – Insuficiência hepática"). Pacientes com insuficiência hepática grave não devem receber doxorrubicina
(vide "Contraindicações").
Reações no local de injeção: fleboesclerose pode resultar da infusão do fármaco em vaso de pequeno calibre ou de
infusões repetidas na mesma veia. Seguir os procedimentos de administraço recomendados pode minimizar o risco
de flebite/tromboflebite no local de infusão (vide “Modo de usar e cuidados de conservaço depois de aberto” e
“Posologia”).
Extravasamento: o extravasamento de doxorrubicina durante a administraço intravenosa pode produzir dor local,
lesões teciduais graves (vesicaço, celulite grave) e necrose. Caso ocorram sinais ou sintomas de extravasamento
durante a administraço intravenosa de FAULDOXO
®
, a infusão do fármaco deve ser imediatamente interrompida.
Gerais: o tratamento inicial com o cloridrato de doxorrubicina requer uma observaço cuid adosa do paciente e uma
rigorosa monitoraço laboratorial.
Recomenda-se que os doentes sejam hospitalizados, pelo menos durante a primeira fase do tratamento. Antes de
cada tratamento com o cloridrato de doxorrubicina, e durante intervalos regulares, devem ser realizadas contagens de
células sanguíneas e testes de funçes hepática e cardíaca.
Os pacientes devem ser advertidos de que o cloridrato de doxorrubicina pode modificar a coloraço da urina para
vermelho durante dois dias após a administraço. Esta coloraço vermelha não é indicativa de hematúria.
O uso rotineiro do cloridrato de doxorrubicina como adjuvante terapêutico em qualquer categoria de tumor não é
recomendado. A atividade do cloridrato de doxorrubicina em combinaço com outros fármacos é afetada não somente
pelo fármaco propriamente dito, mas também pelo esquema de administraço.
O fenobarbital é um indutor das enzimas hepáticas, portanto, a administraço concomitante pode aumentar a
eliminação do cloridrato de doxorrubicina. O cloridrato de doxorrubicina pode diminuir as concentrações plasmáticas
de fenitoína.
Reações de hipersensibilidade foram relatadas após a exposiço recente à clindamicina. A possibilidade de
sensibilidade cruzada entre antraciclina e clindamicina deve ser considerada. Sensibilidade cruzada à clindamicina
também foi relatada.
Neurotoxicidade severa, evidenciada por convulsões e/ou coma, foi relatada após a administraço concomitante de
doxorrubicina e ciclosporina.
A administraço concomitante de cloridrato de doxorrubicina e citarabina pode resultar em colite e necrose.
Carcinogênese, mutagênese e comprometimento da fertilidade
Malignidades secundárias são efeitos posteriores potenciais da maioria dos agentes antineoplásicos, apesar de não
estar claro se o efeito está relacionado às suas ações mutagênica ou imunossupressora. O cloridrato de doxorrubicina
é carcinogênico em animais e potencialmente carcinogênico em humanos.
O cloridrato de doxorrubicina pode causar infertilidade durante o tratamento, em ambos os sexos. Em mulheres, a
ovulaço e a menstruaço parecem retornar ao normal alguns meses após o término do tratamento e, geralmente,
foram acompanhadas de uma fertilidade normal. Em homens, a oligospermia e azospermia podem ser permanentes,
apesar da possibilidade de retorno da fertilidade após mais de cinco anos do término do tratamento.
Gravidez e lactação
Categoria de risco na gravidez: D
O cloridrato de doxorrubicina não deve ser administrado em mulheres grávidas. Mulheres em idade fértil devem ser
avisadas para evitar a gravidez enquanto elas, ou seus parceiros, estiverem em tratamento com o cloridrato de
doxorrubicina, e até seis meses após o seu término. O cloridrato de doxorrubicina demonstrou ser embriotóxico e
teratogênico em ratas, e embriotóxico e abortivo em coelhos. Estudos em coelhas e ratas revelaram uma diminuiço
no ganho de peso e uma alta incidência de reabsorço do concepto. O cloridrato de doxorrubicina foi encontrado nos
tecidos fetais (fígado, rins e pulmões) em concentrações algumas vezes acima da concentraço plasmática materna,
indicando que o fármaco atravessa a placenta.
- 9 -
Mutagenicidade dose-dependente (evidenciada por aberraçes cromossomais severas) foi relatada in vitro.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientaço médica. Informar
imediatamente o médico em caso de suspeita de gravidez.
Lactaço: o cloridrato de doxorrubicina é excretado no leite materno, porém, dados limitados sugerem que a
quantidade do fármaco ativo ingerida pelo lactente é pequena. Entretanto, devido às possíveis reaçes adversas
graves em lactentes durante o tratamento com o cloridrato de doxorrubicina, a amamentaço é contraindicada.
USO EM IDOSOS, CRIANÇAS E OUTROS GRUPOS DE RISCO
Uso pediátrico: os esquemas posológicos para adultos podem ser aplicados em pediatria. Recomenda-se o controle
periódico da funço cardíaca em crianças que foram tratadas com cloridrato de doxorrubicina, tendo em vista o risco
particular de desenvolverem cardiotoxicidade.
Uso em idosos: recomenda-se que dose total acumulativa de cloridrato de doxorrubicina seja limitada a 400 mg/m
2
de área corporal, em pacientes com idade igual ou superior a 70 anos e possibilidade de mielossupressão.
Pacientes com insuficiência hepática: o cloridrato de doxorrubicina é metabolizado pelo fígado e excretado na bile.
A insuficiência hepática resulta em excreço mais lenta e, consequentemente aumento da retenção e acúmulo do
fármaco no plasma e nos tecidos, resultando em um aumento da toxicidade. Recomenda-se uma avaliaço da funço
hepática antes da administraço de cada dose, através de testes laboratoriais convencionais, tais como AST, ALT,
fosfatase alcalina, bilirrubina e BSB. Nos casos de insuficiência hepática, a dose de cloridrato de doxorrubicina deve
ser reduzida (vide “Posologia”).
Pacientes com insuficiência renal: o cloridrato de doxorrubicina e seus metabólitos são eliminados na urina,
porém, não há indicaçes de que a farmacocinética ou toxicidade do fármaco seja alterada em pacientes com
disfunço renal.
Obesos: o clearance sistêmico do cloridrato de doxorrubicina tende a estar diminuído em pacientes obesos. Estes
pacientes devem ser cuidadosamente monitorados caso estejam sendo tratados com a dose máxima recomendada de
cloridrato de doxorrubicina.
INTERAÇES MEDICAMENTOSAS
O cloridrato de doxorrubicina pode intensificar a gravidade da toxicidade das terapias anticancerosas, tais como cistite
hemorrágica provocada pela ciclofosfamida, mucosite, cardiotoxicidade e depressão da medula óssea induzidas pela
radioterapia e a hepatotoxicidade da 6-mercaptop urina.
O tratamento concomitante com ciclofosfamida, dactinomicina ou mitomicina pode sensibilizar o coraço aos efeitos
cardiotóxicos do cloridrato de doxorrubicina. A dose cumulativa de cloridrato de doxorrubicina deve ser reduzida em
pacientes que receberam outros fármacos cardiotóxicos, tais como ciclofosfamid as, mitoxantrona, idarrubicina,
daunorrubicina ou epirrubicina.
Uma alta incidência de infarto congestivo do miocárdio foi relatada em pacientes que receberam cloridrato de
doxorrubicina em associação com paclitaxel.
O propranolol pode aumentar a cardiotoxicidade do cloridrato de doxorrubicina, tendo em vista que ambos os
fármacos demonstraram inibir a coenzima cardíaca mitocondrial Q10.
A administraço concomitante de bloqueadores do canal de cálcio com o cloridrato de doxorrubicina pode aumentar o
risco de cardiotoxicidade.
O cloridrato de doxorrubicina pode elevar a concentraço sanguínea de ácido úrico, secundária ao rápido rompimento
das células neoplásicas; um ajuste na dose dos agentes antigota (alopurinol, colchicina, probenecida, sulfimpirazona)
pode ser necessário para controlar a hiperuricemia. A concentraço plasmática de ácido úrico deve ser monitorada.
Uma hidratação adequada pode prevenir o desenvolvimento de nefropatia induzida pelo ácido úrico. Pode ser
necessária a alcalinizaço da urina em alguns casos onde a concentração de ácido úrico esteja elevada.
Os efeitos leucopênicos, trombocitopênicos e depressivos da medula óssea podem ser aumentados pelo tratamento
concomitante ou recente com outros fármacos que causam estes efeitos. Os sintomas podem incluir dermatite severa
e/ou mucosite. Pode ser necessária a redução da dose se o cloridrato de doxorrubicina for utilizado concomitante ou
consecutivamente com outros agentes depressores da medula óssea, incluindo radioterapia.
O uso concomitante de cloridrato de doxorrubicina com vacinas com vírus vivo pode potencializar a replicação do
vírus, aumentando as reações adversas à vacina, e/ou pode diminuir a resposta imunológica à vacina.
Medicamentos hepatotóxicos (altas doses de metotrexato, estreptozicina, por exemplo) podem dificultar a funço renal
e, consequentemente, aumentar a toxicidade do cloridrato de doxorrubicina subsequentemente administrado.
REAÇES ADVERSAS A MEDICAMENTOS
Reaçes adversas mais comuns
Cardiovascular: cardiotoxicidade (geralmente aparece de um a seis meses após o início do tratamento), como por
exemplo, cardiomiopatia e insuficiência cardíaca congestiva. Arritmias agudas foram reportadas durante a
administraço ou algumas horas após.
Dermatológicas: necrose da pele, celulite, vesicaço e flebite devido ao extravasamento da doxorrubicina. Alopecia
comp leta e reversível, tromboflebite, linfangite, estrias eritematosas ao longo da veia próxima ao local de
administraço, fleboesclerose.
Gastrintestinal: náusea, vômito, estomatite, esofagite, diarreia.
Gerais: desidrataço, rubor facial.
Hematológicas: mielossupressão, leucopenia.
Outras: coloraço avermelhada da urina.
Reaçes adversas menos comuns
Dermatológicas: urticária, rash cutâneo, hiperpigmentação das unhas, rugas na pele e na sola dos pés
(principalmente em crianças, em poucos casos), reincidência de reações cutâneas causadas por radioterapia prévia,
eritema com formaço de vesículas, edema, dor e descamação úmida.
Geral: calafrios, febre, fraqueza muscular generalizada, anorexia, reações alérgicas, anafilaxia.
Hematológicas: trombocitopenia, anemia. A ocorrência de leucemia mieloide aguda secundária, com ou sem a fase
pré-leucêmica, foi raramente reportada em pacientes tratados concomitantemente com antineoplásicos que atuam no
ADN celular. O período de latência foi de um a três anos, nestes casos.
Sistema nervoso central: sonolência.
Ocular: conjuntivite, lacrimejamento.
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Renal: comprometimento da funço renal, hiperuricemia e nefropatia do ácido úrico.
Cardiovasculares: efusões pericárdicas.
Gastrintestinais: sangramento, ulceraço e necrose da mucosa do cólon, que pode estar associada às infecções
severas e até fatais ocorreram em pacientes com leucemia mielogênica aguda tratados concomitantemente com
doxorrubicina e citarabina.
Reprodutivas: amenorreia, azospermia.
Reaçes adversas severas com risco de vida para o paciente
Mielossupressão: ocorre em praticamente 100% dos pacientes. A leucopenia é o efeito predominante, seguido da
trombocitopenia e anemia ocorrendo com menor frequência. Mielossupressão é a reação adversa mais comum em
pacientes tratados extensivamente com radioterapia, infiltraço óssea do tumor, disfunço renal e tratamento
simultâneo com outros agentes mielossupressivos. O nadir de leucopenia e trombocitopenia é de dez a 15 dias após o
tratamento, e a contagem retorna ao normal antes do 21° dia.
Hematológicas: foram relatados casos raros de leucemia mieloide agud a secundária.
Mucosites: ocorre com menor frequência que a mielossupressão, geralmente, de cinco a dez dias após o tratamento.
Inicia-se tipicamente com uma sensação de queimadura na boca e na faringe. A mucosite pode envolver a vagina, reto
e esôfago e evoluir para ulceraço da pele com o risco de infecção secundária. A mucosite, geralmente, diminui em
dez dias. Dados sugerem que a ocorrência diminui à medida que o intervalo entre as doses aumenta. A mucosite pode
ser mais severa em pacientes que foram tratados previamente com irradiaço na mucosa.
Cardiotoxicidade: as anomalias causadas pela doxorrub icina podem ser divididas em duas categorias: alterações do
ECG e insuficiência card íaca congestiva. As alteraçes do ECG ocorrem em aproximadamente 10% dos pacientes
tratados com a doxorrubicina. São, geralmente, reversíveis e não parecem estar relacionadas ao surgimento posterior
de insuficiência cardíaca congestiva. A dose total cumulativa de doxorrubicina está correlacionada ao surgimento da
insuficiência cardíaca congestiva (cardiomiopatia). A limitação da dose total de 550 ou 400 mg/m
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reduz o risco de
cardiomiopatia induzida pelo fármaco. Cardiotoxicidade severa pode ocorrer meses ou até anos após a administraço
da doxorrubicina. O choque cardiotóxico tardio pode ser fatal. A nível celular, a cardiotoxicidade induzida pela
doxorrubicina é prejudicial aos miócitos. Além disso, como consequência da inibição da proliferação celular, não
somente das células neoplásicas, mas também das células normais, as células do músculo cardíaco ficam inaptas de se
regenerarem. As seguintes medidas podem identificar pacientes com cardiomiopatia induzida pela doxorrubicina no
estágio inicial: aplainamento progressivo ou inversão das curvas-T, voltagem QRS baixa, intervalo sistólico
prolongado, fraço de ejeço reduzida, ou biópsia cardíaca mostrando alterações eletromicroscópicas características. A
cardiomiopatia induzida pela doxorrubicina pode ser fatal. Se diagnosticada precocemente, o monitoramento com
digoxina, diuréticos e repouso pode controlar a deficiência cardíaca.
Alteraço em exames laboratoriais
: anormalidades eletrocardiográficas, reduçes assintomáticas da fraço de
ejeço ventricular esquerda, alteraçes nos níveis de transaminases.
SUPERDOSE
Sintomas clínicos: os sintomas clínicos são, provavelmente, uma extensão da aço farmacológica do fármaco. Os
possíveis sintomas de toxicidade são os indicados no item “Reaçes adversas a medicamentos”. Alguns efeitos tóxicos
(por exemplo, mucosite) ou que coloquem a vida do paciente em perigo (por exemplo, mielodepressão e
cardiotoxicidade) podem ser tardios.
Controle: medidas de suporte sintomático devem ser instituídas. Recomenda-se atenço especial na prevenço e
tratamento de possíveis hemorragias severas, ou infecções secundárias à d epressão da medula óssea grave e
persistente.
Toxicidade aguda em animais: a toxicidade aguda do cloridrato d e doxorrubicina em ratos varia de acordo com a
via de administraço. A DL
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corresponde a 8,5 mg/kg por via intraperitoneal, a 21,1 mg/kg por via intravenosa e
maior do que 750 mg/kg por via oral.
ARMAZENAGEM
Este medicamento deve ser conservado em sua embalagem original, sob refrigeraço (entre 2°C e 8°C), protegido da
luz.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
USO RESTRITO A HOSPITAIS.
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
MS n°: 1.0033.0134
Farmacêutica responsável: Cintia Delphino de Andrade – CRF-SP n°: 25.125
LIBBS FARMACÊUTICA LTDA.
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Data de fabricaço, lote e validade: vide cartucho.